"É ATRAVÉS DA VIA EMOCIONAL QUE A CRIANÇA APREENDE O MUNDO EXTERIOR, E SE CONSTRÓI ENQUANTO PESSOA"
João dos Santos
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sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Espelho meu, Espelho meu, existe alguém mais gorda do que eu?

A imagem que vemos reflectida no espelho pode não corresponder à realidade. E a culpa não é do espelho, mas dos próprios olhos.



Uma pesquisa realizada pela Brock University, em Ontário, no Canadá, divulgou em Janeiro deste ano que uma em cada três pessoas com peso adequado ao seu tamanho tem uma imagem deturpada de si mesma.

O estudo, realizado com 813 pessoas entre 19 e 39 anos, concluiu que 31 % das mulheres com o peso ideal acham-se mais gordas do que são. Entre os homens, a situação inverte-se: 25 % daqueles que têm um peso adequado ao seu tamanho vêem-se mais magros do que são.

O professor de psicologia Stanley Sadava, coordenador do estudo canadense, diz que essa deturpação do olhar entre as mulheres é ainda maior entre as adolescentes.

Segundo ele, uma das causas do fenómeno é o assédio dos media e da moda, que firmam padrões estéticos muitas vezes fora do alcance de um corpo normal e saudável.

"As mulheres estão mais susceptíveis que os homens a ver os seus corpos como gordos quando eles estão, na verdade, com a massa corpórea ideal, longe de qualquer sinal de obesidade.

Emagrecer torna-se, então, uma obsessão, o que significa que essas mulheres não conseguem deixar de se preocupar com a sua forma física.

"Basta olhar as actrizes da década de 50, como Marilyn Monroe, e as de hoje. Os padrões culturais de hoje são cruéis com a variedade de tipos físicos comuns. Os adolescentes, que são mais vulneráveis a esse assédio, sofrem mais."

Para Sadava, a sua pesquisa é uma indicação indirecta de uma das causas que têm levado a um aumento no índice de jovens com disfunções alimentares, como a anorexia e a bulimia.

Anorexia e Bulimia

Anorexia nervosa e bulimia são dois tipos de distúrbios alimentares.
A anorexia nervosa é uma forma de auto-inanição.
Bulimia é comer grandes quantidades de alimentos e depois forçar-se a vomitar ou usar laxantes e diuréticos para se livrar do excesso de comida ingerido (purgar). Esses dois tipos de distúrbios são formas de auto-abuso.

Sintomas

A anorexia nervosa e a bulimia parecem ser doenças opostas, mas compartilham os mesmos traços:

1. Medo de comer demais e engordar;

2. Depressão;

3. Baixa auto-estima, imagem corporal ruim;

4. Comportamento auto-destrutivo, auto-punição por algum erro imaginário;

5. Relacionamentos familiares problemáticos;

6. Maior incidência de doenças em consequência do baixo peso, do ganho/perda de peso frequente e/ou da má nutrição;

7. Preocupação anormal com a comida e com o sentir-se fora de controle.

Pessoas com anorexia nervosa:

1. Na maioria dos casos são do sexo feminino e/ou estão na pré-adolescência, adolescência ou início da idade adulta;

2. Tendem a dar importância excessiva à imagem corporal e à perfeição;

3. Podem sentir necessidade de serem perfeitos para ganhar a atenção dos pais;

4. Apresentam efeitos físicos da doença visíveis: perda de cabelo, frequência cardíaca baixa, pressão arterial baixa, ausência de menstruação ou menstruação irregular;

5. Tendem a vivenciar depressão mais intensa do que os bulímicos:

6. Desenvolvem osteoporose na idade adulta mais avançada pela falta de cálcio e pela diminuição da produção de estrogénio (hormónio feminino) quando param de menstruar. Exercícios em excesso também podem contribuir para a osteoporose;

7. Podem ter danos severos no coração e outros órgãos vitais pela perda de peso excessiva e pelo desequilíbrio de minerais como consequência dos vómitos e da má nutrição.

Pessoas com Bulimia:

1. Podem estar acima, abaixo ou com o peso normal;

2. Na maioria dos casos são do sexo feminino, estão no final da adolescência ou são adultas jovens;

3. Comem exageradamente e depois vomitam e/ou tomam laxantes e diuréticos;

4. Sofrem de graves problemas de saúde decorrentes do ciclo de comer-purgar a comida. Estes incluem problemas de estômago, batimento cardíaco irregular, danos nos rins pela perda de potássio e danos ao esmalte dos dentes pelos vómitos.

5. Retêm a raiva porque não conseguem expressar as emoções de maneira adequada. Temem incomodar ou desagradar as pessoas importantes nas suas vidas.

A bulimia pode ser seguida de anorexia e vice-versa.

O começo da doença é gradual, muitas vezes, a família nem se apercebe dos esforços iniciais do indivíduo para perder peso. Isto porque, a dieta pode ser justificada por motivos de excesso de peso ou, pelo contrário, feita às escondidas num jovem de peso normal.

Causas dos Disturbios Alimentares

Não existe uma causa específica para esses distúrbios alimentares, porém muitos factores contribuem para o seu desenvolvimento:

1. Pressões pessoais e familiares;

2. Medo de entrar na puberdade e tornar-se sexualmente activa.

3. Mudança de escola,

4. Conflitos graves entre os pais,

5. Obesidade criticada,

6. Ameaças ao equilíbrio familiar pelos primeiros passos da autonomia dos jovens.

7. Uma possível causa genética;

8. Problemas e anormalidades metabólicas e bioquímicas;

9. Pressão social para ser magro;

A fase de precipitação dos Distúrbios Alimentares está, regra geral, relacionada com um sentimento de profundo de mal-estar e inadequação, ponto de partida para uma série de comportamentos desajustados (desde dieta sem cessar até aos vómitos frequentes).

É importante que os familiares compreendam que a recusa alimentar não é teimosia. Além do paciente apresentar uma distorção da imagem corporal, verifica-se também um controlo da fome e um horror de engordar. As recriminações constantes dos pais, embora sejam compreensíveis, não ajudam neste tipo de casos.

Consequências dos Distúrbios Alimentares:

• Quadro de debilidade, física e mental, com queixas e problemas em vários sistemas e órgãos do organismo

• Isolamento social e inadaptação;

• A osteoporose é a consequência mais grave, a longo prazo, desta doença.

• Dá origem à infertilidade e a um aumento da frequência abortos espontânea;

• A afectividade e a sexualidade são profundamente afectadas pelos Distúrbios alimentares;

• Depressão e outras doenças psiquiátricas

Tratamento

Na maioria dos casos, a terapêutica, faz-se mediante uma consulta a Psicólogo ou Psiquiatra, recorrendo a uma psicoterapia individual, de familia ou de grupo, realizada em equipa com um técnico de nutrição.

O tratamento para a anorexia nervosa e a bulimia inclui:

1. Diagnóstico e cuidados médicos - quanto mais cedo melhor;

2. Psicoterapia - individual, familiar e/ou de grupo;

3. Terapia comportamental;

4. Medicamentos - antidepressivos são usados em alguns casos;

5. Terapia nutricional;

6. Participação de grupos de apoio;

7. Programas de tratamento em regime de "paciente externo";

8. Hospitalização - se a perda de peso for suficiente para deixar a pessoa com peso 25 % abaixo do limite inferior do peso saudável e/ou está a afectar o funcionamento de órgãos vitais.

O tratamento varia em método e em duração de acordo com o caso. Pode durar de semanas a anos.

É pois fundamental, um diagnóstico  precoce nesta faixa etária, para não comprometer o desenvolvimento físico e psíquico destas jovens no futuro.

A doença pode ser mantida durante bastante tempo ou tornar-se uma situação crónica, de longa evolução e prognóstico reservado.


É essencial evitar que o processo não se torne crónico, assim como é de extrema relevância instituir a terapêutica o mais cedo possível.

Se este é o seu caso ou de um familiar seu, não hesite, peça ajuda!

Conte comigo!

A importância das relações familiares na vivência da adolescência


EU, UMA PESSOA ÚNICA E COM GRANDES POSSIBILIDADES

Estás à porta (ou talvez já tenhas entrado) de uma nova etapa da tua vida em que ocorrem importantes alterações e que te irá conduzir da infância ao estado adulto. É a adolescência. Trata-se de uma etapa muito importante na construção da pessoa, na qual desempenham um papel muito importante as relações que estabeleces com os teus amigos e amigas, com a tua família, com os teus professores.

Todas estas alterações também afectam as pessoas adultas que te rodeiam: dizem que já és crescido, mas continuam a tratar-te como se não o fosses. Às vezes estas pessoas adultas não sabem como tratar-te: pensa que os adultos deixaram para trás há muitos anos a sua própria adolescência. Tem paciência e confia neles: gostam de ti e querem ajudar-te.

Por vezes, irão haver dificuldades (que nova etapa não as tem ) "angústias", inseguranças, confusões...; mas não te esqueças que ao mesmo tempo será uma época muito estimulante, de grandes progressos, de crescimento físico e intelectual de novas e maravilhosas experiências.

«Trata-se de um conjunto de anos vitais, sem um limite preciso e com o encargo social oculto de te dedicares a ser adolescente». (Jaime Funes).

Os adolescentes são muito influenciados pelas suas famílias ainda que, por vezes, nalgumas circunstâncias estes laços possam ser abalados.

Estudos feitos nas últimas décadas têm mostrado, de forma consistente, que existe menos conflito entre os adolescentes e suas famílias do que se acreditava previamente. Estes estudos referem que o conflito está presente em apenas 15 % a 25 % das famílias.

A ocorrência destes conflitos está relacionada sobretudo com as rotinas familiares, o estabelecimento de horas de entrada em casa, namoros, notas escolares, aparência física e hábitos alimentares. As investigações feitas nesta área indicaram igualmente que o conflito entre pais e adolescentes acerca dos valores económicos, religiosos, sociais e políticos são relativamente raros.

Os pais continuam, hoje, a influenciar os seus filhos adolescentes não só nas suas crenças mas também ao nível do seu comportamento. Contudo, mães e pais influenciam os adolescentes de maneira diferente.

Parecem existir, pois, diferenças consideráveis entre o comportamento e o papel das mães e dos pais nas relações familiares com os filhos adolescentes.

Assim, os pais tendem a encorajar o desenvolvimento intelectual e frequentemente envolvem-se em actividades de resolução de problemas e discussão dentro da família. Como consequência, quer rapazes quer raparigas discutem ideias com os pais.

O envolvimento dos adolescentes com as mães é mais complexo. Mães e adolescentes interagem no que diz respeito por exemplo às responsabilidades nas tarefas domésticas, trabalhos escolares, disciplina dentro e fora de casa e actividades de lazer. Estas áreas podem resultar em maiores conflitos entre as mães e os seus filhos adolescentes contudo, tendem a criar maior proximidade entre mães/filhos de que entre pais/filhos.

As dinâmicas familiares bem como as alianças dentro da família desempenham também um papel importante, dado que estes elementos começam a moldar o comportamento da pessoa mesmo antes da adolescência.

Muito embora as alianças entre os vários membros da família sejam naturais e saudáveis, é importante que o pai e a mãe se mantenham unidos e que mantenham laços distintos com os seus filhos.

Os pais necessitam de trabalhar juntos para criarem e disciplinarem os filhos. Ou seja, uma relação estreita de um pai com um filho que exclua o outro pai pode perturbar o desenvolvimento do adolescente na medida em que o pai excluído perde estatuto enquanto agente socializador e figura de autoridade.

Os problemas podem surgir também de outro tipo de desequilíbrios como seja a ausência de um dos pais devido a divórcio ou separação.

Ambos os progenitores devem ter uma participação activa na criação de dinâmicas familiares que promovam o crescimento harmonioso dos seus filhos adolescentes, ou seja, deve existir coerência entre as práticas educativas dos pais.

Numa altura em que um adolescente está a testar novos papéis e está a lutar para atingir uma nova identidade, a autoridade parental pode ser seriamente posta à prova quando em casa existe apenas um dos pais.

Podemos referir, em jeito de conclusão, e corroborando as opiniões do Dr. Daniel Sampaio as famílias se adaptam melhor aos adolescentes se forem capazes de negociar as mudanças de uma forma racional, que tome em consideração as necessidades e desejos de cada um.

A coesão familiar pode ser preservada quando os pais e adolescentes estão capazes de se verem como iguais numa relação reciprocidade.

 Por outro lado, uma comunicação aberta os vários membros da família, em que cada um possa falar acerca das suas preocupações/desejos sem fricção, ajuda igualmente a manter a coesão familiar.

Quando existem dificuldades nesta interacção familiar e pais filhos não conseguem comunicar, a orientação profissional de um psicólogo pode ajudar nesse processo, e se necessário for, encaminhar o próprio adolescente para uma psicoterapia.

Nesse caso, o adolescente receberá uma escuta profissional contextualizada por um espaço seguro onde ele possa expressar suas emoções, desejos, curiosidades, dúvidas e fantasias, características dessa fase da vida.

Procurar uma orientação adequada é um dever dos pais, pois são espelhos fundamentais na educação dos filhos e responsáveis por lhes proporcionar a segurança emocional que necessitam.

A adolescência pode ser um momento difícil para pais e filhos.... as duas partes envolvidas não devem esquecer que: “Todas as pessoas gostam de saber que são amadas e admiradas, apesar dos defeitos que possam ter!”

O respeito e a negociação constituem a base de todos os relacionamentos, e são indispensáveis em qualquer idade. Pense nisso!

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

As Saídas à noite na Adolescência

Um dos problemas mais preocupantes para pais e educadores na educação dos jovens são as saídas à noite.

Como refere o Prof. Eduardo Sá, infelizmente os filhos não vêem com livro de instruções, e também não há receitas, porque cada pai, cada filho e cada relação pai-filho é única e complexa, pelo que educar é uma arte cada vez mais difícil para todos os pais.

Mães e pais vivem preocupados com isso e sem saberem muito bem que atitude tomar: deixo ir, ou não deixo? Marco horas para estar em casa ou não? Tem treze anos e quer sair à noite, deixo? – Claro que estas respostas não são fáceis e temos sempre que analisar situação a situação.

As experiências da noite chegam aos jovens cada vez mais cedo, e quando não existe em casa um ambiente seguro ao nível dos afectos e dos limites então estão criadas as condições para que corram grandes riscos por não se saberem defender.

É cada vez mais frequente vermos jovens que começam a sair aos 11/12 anos e “alguns” adultos adultos a aceitarem isto como normal. Na minha opinião e o que tenho constatado na prática clínica é que os adolescentes entre os 11 e os 15 anos não estão capazes ao nível afectivo e cognitivo de saber enfrentar uma noite cheio de oportunidades de enveredar por comportamentos de risco (álcool, “charros” ou “curtes”).

O álcool, as “ curtes” e os “charros” farão com que possam cair nas mãos de depravados habituados a frequentarem estes ambientes como predadores, pois tratam-se de predadores narcísicos, tipo D. Juan, ou pessoas ainda mais perturbadas ( pedófilos etc.) que podem inclusive molestar fisicamente estes jovens.

Assim , nestas idades, se saírem devem ir acompanhados de alguém de confiança, pais ou outros, mas sempre com adultos e não com irmãos mais velhos.

A noite é símbolo de libertação. Por isso, quase todos os adolescentes sonham com as saídas nocturnas e as noitadas com os amigos chegam cada vez mais cedo.

Grande parte dos pais, infelizmente, não sabe dizer que não com medo de traumatizar a criança, ou porque se projecta no filho e recorda a sua adolescência provavelmente muito castradora, logo deixam fazer aos filhos tudo o que os seus pais não lhe deixaram.

No entanto como se costuma dizer “ nem tanto ao mar, nem tanto à terra”, devem os pais encontrar um meio-termo se o adolescente já tem 15 ou 16 anos.

Se tem 14 devem deixar sair de vez em quando mas com companhia adulta de confiança. Porque não os pais?

Antes dessa idade então o não deve ser redundante e firme. Podem crer que por mais que os vossos filhos lhes digam que todos saem menos eles, que isso já não se usa, que os tempos são outros, lhe estão a fazer um enorme favor e até aos próprios pais. Um dia o adolescente quando já tiver mais maturidade e mais experiência vai entender.

No entanto estes limites devem sempre ser conversados e explicados.

A “introdução” ao mundo da noite deve ser feita pelos pais. Não sei se o leitor já observou alguma vez um bando (digo bando, porque costumam ser muitos) de adolescentes que não tem mais de 12 anos, na noite a caírem de bêbados e a fazerem distúrbios? É um espectáculo horroroso, parecem órfãos.
Onde estão os pais? Será que dormem descansados? O que vai destas gerações em que divertimento passa por beberem até caírem de bêbados e que é impossível divertirem-se sem beberem. Estas gerações são o futuro. Não será todos assim, obviamente, mas estamos a criar gerações de gente vazia de pensamento.

Para o futuro mundial, não me parece muito bom, especialmente em Portugal que estamos numa crise social e económica grave, ao nível da educação, afectos, e de valores.

São estas crianças que anos mais tarde não conseguem ser interventivas ao nível social, porque o pensamento ficou atrofiado, perpetuando um ciclo que temos que interromper.

Creio que ainda podemos inverter estas situações, especialmente com muito amor e firmeza da parte dos pais, mas tenho consciência que é muito difícil quando o álcool é vendido sem regra e sem consciência, senão como é que se explica que miúdos de onze doze anos caiam de bêbados nos passeios dos bares?

A intervenção de pais, educadores sociais, médicos, psicólogos e professores em acções concertadas seriam desejáveis para que os jovens entendessem que podem divertir-se sem beberem.

As estatísticas dos bancos de urgência registam largas centenas de jovens em estados de etilismo agudo nas épocas festivas.

Por outro lado, vigiar, controlar, exigir que não saiam de casa, só irá alimentar ainda mais, a rebeldia própria da adolescência.

Na minha opinião o combate ao consumo de álcool e a regulação das saídas à noite não passa tanto por fazer marcação cerrada (embora seja necessária) mas também por apostar na educação (a grande obreira da nações, mas não como está neste momento) e apoio a pais e alunos na área psicológica numa intervenção imediata e no terreno.

Muitas vezes os pais, eles próprios muito frágeis, não sabem e não conseguem actuar com os filhos, mas também não sabem onde se hão-de dirigir para procurar ajuda.

É responsabilidade da família perceber o limite entre o saudável e o patológico nas atitudes dos filhos, e quando perceberem que “algo não está bem” que não estão a conseguir comunicar com os vossos filhos, então pedir ajuda é fundamental.

Os pais precisam de ajudar os filhos a organizar o seu mundo interno.

Procurar uma orientação adequada é um dever dos pais, pois são espelhos fundamentais na educação dos filhos e responsáveis por lhes proporcionar a segurança emocional que necessitam.

Por vezes basta um aconselhamento pedagógico/ terapêutico aos pais para que fiquem mais aptos a lidarem com estas situações. Infelizmente são ainda muito poucos os que procuram ajuda.


A orientação profissional de um psicólogo pode ajudar nesse processo, e se necessário for, encaminhar o próprio adolescente para uma psicoterapia.

A adolescência é um momento difícil para pais e filhos.... as duas partes envolvidas não devem esquecer que: “Todas as pessoas gostam de saber que são amadas e admiradas, apesar dos defeitos que possam ter!”

O respeito e a negociação constituem a base de todos os relacionamentos, e são indispensáveis em qualquer idade. Pense nisso!

Algumas regras de Ouro para lidar com Adolescência

Os pais são espelhos fundamentais na educação dos filhos e responsáveis por lhes proporcionar a segurança emocional que necessitam.


A adolescência pode ser um momento difícil para pais e filhos.... as duas partes envolvidas não devem esquecer que: “Todas as pessoas gostam de saber que são amadas e admiradas, apesar dos defeitos que possam ter!”

Como já referi num post anterior, infelizmente não existem receitas para educar, porque cada filho e cada família são únicos e têm características, também elas, únicas!

Porém, e porque são muitas as solicitações que tenho tido de alguns pais, e inspirando-me um pouco no trabalho da prof.ª Helena Fonseca, deixo-vos hoje com algumas sugestões que na minha opinião são fundamentais para o desenvolvimento de uma adolescência saudável:


1. Escute o seu filho. Esteja sempre disponível para o diálogo. Quando algo corre mal, escute sempre primeiro o que ele tem para dizer, ouça a sua versão, antes de partir para acusações e julgamentos, mesmo que lhe pareça evidente.

2. Seja afectuoso. Não se iniba de lhe demonstrar afecto, desde que não o embarace demasiado junto dos amigos.

3. Envolva-se na vida do seu filho e acompanhe os seus estudos. O seu envolvimento é tão ou mais importante do que na infância. Não há qualquer razão para que não participe activamente na vida do seu filho adolescente. Porém, respeitando sempre as suas escolhas e decisões, alertando eventualmente para os prós e contras de cada decisão, mas sem impor a sua opinião.

4. Procure conhecer os amigos dos seus filhos. Só assim poderá compreender melhor os seus completamentos. Mas não critique nem julgue as suas escolhas. Ensine-o a distinguir o bem do mal e a decidir sempre por ele próprio.

5. Eduque com firmeza. Defina limites e estabeleça regras claras e adequadas.

6. Evite controlar e gerir demasiado. A autonomia é essencial para que o adolescente cresça bem. Dê espaço para que aprenda a ter confiança em si mesmo e a decidir sem lhe pedir opinião por tudo e por nada.

7. Oriente o seu filho nas decisões mais difíceis. Ele ainda não está suficientemente preparado para planear, estabelecer prioridades, organizar o pensamento, gerir os impulsos e ponderar todas as consequências dos seus actos.

8. Cultive expectativas positivas em relação ao seu filho. Mas seja realista: não tenha expectativas nem demasiado elevadas, nem demasiado baixas.

9. Ajude o seu filho a ser um cidadão consciente e responsável. Desenvolva nele o respeito por todas as pessoas, independentemente da sua raça, estatuto ou religião.

10. Ame incondicionalmente o seu filho, sobretudo quando ele comete erros.

E deixo-vos com uma frase, que uma adolescente, um dia na praia, escreveu na sua T-shirt, e que representa o que qualquer adolescente precisa quando está em crise ou em sofrimento: UM COLO, UM PORTO SEGURO!


“ QUANDO EU NÃO MEREÇO, ME AME, PORQUE É QUANDO EU MAIS PRECISO!”