"É ATRAVÉS DA VIA EMOCIONAL QUE A CRIANÇA APREENDE O MUNDO EXTERIOR, E SE CONSTRÓI ENQUANTO PESSOA"
João dos Santos

terça-feira, setembro 10, 2024

10 de Setembro Juntos pela Vida – Consciencialização e Ação na Prevenção do Suicídio


Hoje, no Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, somos relembrados da importância crucial de agir e aumentar a consciencialização sobre um tema que, muitas vezes, permanece nas sombras, mas que deveria estar no centro das nossas atenções – os comportamentos autolesivos e suicidários. Estes são assuntos delicados, carregados de dor, mas fundamentais para serem discutidos abertamente. Ninguém deve enfrentar estes desafios sozinho.

Os números são alarmantes e preocupantes. Cada vez mais jovens, em Portugal e no mundo, enfrentam a dura realidade dos comportamentos autolesivos e suicidários. Sabia que o suicídio é a segunda maior causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos? Estes números não são apenas estatísticas – são vidas, sonhos e futuros que podemos ajudar a proteger.
Estudos recentes em Portugal indicam que cerca de 50% dos adolescentes já se envolveram em algum tipo de autolesão ao longo da sua vida e cerca de 2% já tentou suicídio. Estes comportamentos são, muitas vezes, um grito silencioso de dor, um pedido de ajuda que nem sempre é ouvido. Mas não tem de ser assim. Ninguém precisa enfrentar isto sozinho.
Mitos e Tabus
Há muitos mitos e tabus que impedem as pessoas de procurar a ajuda de que realmente precisam. Um dos maiores mitos é acreditar que, com o tempo ou com força de vontade, tudo se resolverá. Mas a verdade é que estas questões não são ultrapassáveis por si só. Os comportamentos autolesivos e suicidários são sintomas de uma dor profunda e de problemas de saúde mental que precisam de ajuda especializada.
Outro mito comum é pensar que os comportamentos autolesivos e suicidários são apenas uma forma de chamar a atenção. Isto não podia estar mais longe da verdade. Na maioria dos casos, os comportamentos autolesivos e suicidários são uma forma de lidar com uma dor emocional esmagadora.
E o medo de falar sobre suicídio? Muitos acham que falar pode "dar ideias", mas, na realidade, abrir esse diálogo pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.
A nossa missão é ajudar a quebrar esses tabus, a abrir espaço para conversas honestas e compassivas. Não é fácil, mas é possível. E é essencial.
Sinais de Alerta: Não Ignore
Seja para si ou para alguém que conhece, é importante reconhecer os sinais de alerta.
Mudanças bruscas de comportamento, isolamento social, perda de interesse em atividades de que antes gostava – tudo isto pode ser um sinal de que algo não está bem.
Comentários sobre sentir-se sem esperança ou marcas inexplicáveis no corpo são sinais que nunca devem ser ignorados.
Estes comportamentos não surgem do nada. Muitas vezes, estão ligados a um sofrimento psicológico profundo, a doenças como depressão, ansiedade ou perturbação da personalidade. E é importante lembrar: não é algo que passa com o tempo ou com mais força de vontade. Estes são problemas reais que precisam de tratamento especializado. Mas, e aqui está a parte mais importante, estes são problemas que podem ser tratados. Com a ajuda certa, há esperança.
A Nossa Clínica: Um Lugar de Apoio e Esperança
Na nossa clínica, sabemos que estes desafios não são fáceis, mas também sabemos que ninguém precisa enfrentá-los sozinho. A nossa equipa está aqui, disponível e pronta para ajudar. Oferecemos um programa terapêutico especializado que combina intervenções psicológicas e apoio familiar para ajudar a ultrapassar os comportamentos autolesivos e suicidários.
Trabalhamos com cada pessoa e família de forma única, porque acreditamos que cada história merece atenção personalizada. A nossa missão é criar um ambiente seguro e acolhedor, onde é possível falar, ser ouvido, e começar o caminho para a recuperação.
Não Está Sozinho, Estamos Aqui para Ajudar
O Dia Mundial de Prevenção do Suicídio é mais do que um dia de consciencialização – é um convite à ação. Se está a enfrentar um momento difícil ou conhece alguém que precisa de ajuda, por favor, não hesite em procurar apoio. A nossa clínica está aqui para si, com uma equipa especializada que se importa e está pronta para ajudar.
Lembre-se, pedir ajuda não é um sinal de fraqueza. Pelo contrário, é um passo corajoso para a recuperação e para um futuro melhor. Juntos, podemos superar estes desafios. Vamos construir um caminho de esperança, onde cada vida é valorizada e cada pessoa é apoiada.
Saiba mais sobre as nossas respostas terapêuticas Clínica de Psicologia e Psicoterapia “Mais Amor, Menos Doença” :
• Programa terapêutico específico para Comportamentos autolesivos e suicidários, Perturbação da personalidade Borderline e Bipolaridade
• Grupo terapêutico para adolescentes e jovens adultos
• Grupo de apoio a pais e familiares
Maria de Jesus Candeias
Psicóloga clínica e Psicoterapeuta
Investigadora e Doutoranda no ISPA-Instituto Universitário na área dos comportamentos suicidários.
Informações: jesuscandeias@gmail.com

quarta-feira, outubro 25, 2023

Programa Psicoterapêutico Especifico para Tratamento Perturbação Borderline e Risco suicidário em adolescentes e jovens adultos





 Este é um programa psicoterapêutico especifico para o tratamento de : 


- Perturbação da Personalidade Borderline 
- Comportamentos autolesivos e suicidários
- Perturbação Bipolar

para adolescentes e jovens Adultos. 

O nosso Programa Psicoterapêutico incide em três eixos de intervenção em simultâneo: 
- Psicoterapia Individual 
- Psicoterapia de Grupo para adolescentes
- Grupo de apoio a pais 

👉Pré-requisitos Avaliação Inicial
A entrada no programa psicoterapêutico  requer uma avaliação  inicial individual prévia  para entender quais são as dificuldades e considerar o tratamento mais adequado a cada pessoa. 

O agendamento da entrevista inicial poderá ser feito por email: jesuscandeias@gmail.com  ou pelo telemóvel 919918225 
 
Temos dois grupos terapêuticos: 
Grupo terapêutico para adolescentes (dos 12 aos  15 anos de idade) - Funciona às 2ªas feiras das 18h45 às 20h15; 
- Grupo terapêutico de Adolescentes e jovens adultos ( dos 16 aos 25 anos de idade)- Funciona às 5ªas feiras das 18h45 às 20h15

 Funcionamento dos grupos : 
- Regularidade semanal em formato presencial 
- O grupo é aberto e heterogêneo . 
- Os Grupos são conduzidos por dois psicoterapeutas 
- Cada sessão de grupo tem o custo de 30 Eur. 
- O pagamento é mensal/  feito no início de cada mês ( referente ao nº de sessões previstas em cada mês) 

Oportunamente informaremos sobre a próxima data de grupo de apoio a pais. 

O modelo teórico de suporte e de intervenção deste Programa Psicoterapêutico  é a Psicoterapia baseada na Mentalização. 

O que é a Terapia baseada em mentalização (MBT)?
A terapia baseada em mentalização (MBT) é um tipo de psicoterapia psicodinâmica, de longo prazo, fundamentada na teoria da vinculação. 

A Psicoterapia  baseada na Mentalization Based  (MBT ) é recomendado pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (UK)  com eficácia terapêutica comprovada no tratamento de:

⚡️Problemas Emocionais (alterações o humor tristeza. euforia, melancolia)
⚡️Dificuldades nas relações interpessoais (elevada conflitualidade ou medo de se relacionar)
⚡️Problemas no controlo da impulsividade
⚡️Problemas de ansiedade e depressão
⚡️Problemas de ansiedade social
⚡️Problemas do comportamento- autolesivos, suicidários, consumos de substâncias, comportamentos de risco
⚡️Perturbações da Personalidade Borderline e Anti Social
⚡️Problemas alimentares (anorexia e bulimia)

  Se quiser ser contactado para mais informações clique AQUI

  Sobre Nós:

Dra. Maria de Jesus Candeias

Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta e Psicanalista de Adultos e Adolescentes.  Terapeuta Familiar. Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde, Psicoterapia,  Psicologia da Justiça, Psicologia Comunitária e Supervisão, pela Ordem dos Psicólogos . Mestre em Proteção de Crianças e Jovens em risco, incluindo abuso sexual de menores. Investigadora e doutoranda  no ISPA na área do suicídio.  Formação em MBT pelo Centro Anna Freud (.Reino Unido).  É ainda, Membro Fundador e da Direção da PsiRelacional- Associação Portuguesa de Psicanálise Relacional. Coordenadora Pedagógica e Formadora da Especialização de Psicoterapeutas  da PsiRelacional. Cédula profissional nº 5335.

Dr. Luís Chincalece

Psicólogo Clínico, Mestre em Psicologia Clínica pelo ISPA. Psicoterapeuta Psicanalítico em Formação na Associação de Psicanálise Relacional - PsiRelacional. Perito em Psicologia Forense no INMLCF há 12 anos, com Formação Especializada em Avaliação Psicológica de Crianças, Jovens e Adultos. Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos com a Cédula Profissional n.º 12499  

Dra. Miriam Santos

Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Psicanalítico em Formação na Associação de Psicanálise Relacional - PsiRelacional.  Percurso Profissional: Avaliação e Acompanhamento psicológico de crianças, adolescentes e respectivas famílias em contexto hospitalar (Serviço Pedopsiquiatria do Hospital Garcia de Orta), Comunitário (IPSS de Acolhimento de Crianças e Jovens em Risco), em Equipa Local de Intervenção Precoce Infantil e em Clínica Privada. Orientadora de Estágio Profissional da OPP - Ano Júnior. Membro Efectivo da OPP n° 10633.

Dr. Joao Lorenzo

Psicólogo Clínico, Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), Pós-Graduado em Psicogeriatria pelo Instituto CRIAP, Psicoterapeuta Psicanalítico em formação pela Associação de Psicanálise Relacional (PsiRelacional), Formações especializadas nas áreas da técnica Rorschach, Psicofarmacologia, Clínica das Perturbações da Personalidade, Avaliação Psicológica do Adulto e do Idoso, Estimulação e Reabilitação Cognitiva do Idoso. Acompanhamento Psicoterapêutico de Pré-Adolescentes, Adolescentes e Adultos. Cédula Profissional nº 16639.

Saiba mais sobre os  serviços da nossa clínica e sobre a nossa Equipa no nosso site   AQUI

terça-feira, junho 27, 2023

Perturbação de Personalidade Borderline e Comportamentos suicidários na Adolescência: sinais de risco e alerta

 




Deixamo-vos um vídeo publicado hoje, de uma entrevista cedida pela Dra. maria de Jesus Candeias à PsicoTV sobre Perturbação da Personalidade Borderline e os Comportamentos Suicidas em adolescentes e adultos. Falaram do surgimento do seu interesse nestas áreas, o agravamento da doença mental durante crises, os sinais de alerta, a importância de campanhas e informações para sensibilizar e desmistificar esses temas. Um vídeo informativo e inspirador para quem procura compreensão e reflexão sobre essas temáticas delicadas.

Esperamos que seja um contributo importante para todos os pais, educadores, e em primeiro lugar para todos aqueles que sofrem! A Prevenção é essencial!

segunda-feira, fevereiro 13, 2023

Psicoterapia de Grupo | Adolescentes e Jovens Adultos- Mentalization Based Group Therapy- Inicio 9 de Março de 2023

 



É pai ou mãe de um adolescente ou jovem adulto? És adolescente ou Jovem adulto? Tens algum destes Problemas?:
⚡️Problemas Emocionais (alterações graves do humor)-
⚡️Dificuldades nas relações interpessoais (elevada conflitualidade ou medo de te relacionares)
⚡️Problemas no controlo da tua impulsividade
⚡️Problemas do comportamento- autolesivos, suicidários, consumos de substâncias, comportamentos de risco
⚡️Problemas alimentares (anorexia e bulimia)
✅Este Grupo Pode Ajudar-te!
✅A Psicoterapia de grupo baseada na Mentalization Based Group Therapy tem eficácia terapêutica comprovada no tratamento destes problemas.
👉Destinatários: Adolescentes e Jovens adultos (15-25 anos aprox.)

👉Funcionamento dos grupos:
Regularidade Semanal.
Máximo de 9 pessoas / grupo
Preço | 25 Euros por sessão
👉Horários:
Grupos de Adolescentes e jovens adultos 5ª feiras 18h50- 20h15
👉Avaliação Inicial
A entrada no grupo requer uma consulta inicial individual de avaliação prévia para entender quais são as dificuldades e considerar o tratamento mais adequado.
👉Se quiser ser contactada (o) para saber mais informações, submeta o questionário abaixo:
👉 Outras informações :
jesuscandeias@gmail.com
Telemóvel ou Whatsapp 00 351 919918225

👉O que é a Terapia baseada em mentalização (MBT)?

A terapia baseada em mentalização (MBT) é um tipo de psicoterapia psicodinâmica, de longo prazo, fundamentada na teoria da vinculação. Assume que uma vinculação desorganizada promove uma falha na capacidade de mentalização.

Mentalizar, é a capacidade de focar e diferenciar entre seu próprio estado emocional e o dos outros. Entender como o estado mental de alguém influencia o comportamento, é uma função cognitiva normal em todos os humanos e que é a base de todas as relações humanas.

No entanto, esta função cognitiva encontra-se limitada em algumas pessoas, que apresentam maior dificuldade em mentalizar sobre si e sobre os outros. Esta dificuldade em mentalizar, é particularmente afetada quando nos encontramos emocionalmente vulneráreis. Quando vivenciamos situações de stress, ou com grande desregulação emocional.

O aprimoramento da mentalização e a melhoria da regulação emocional e comportamental estão no centro do tratamento MBT.

A MBT Permite que os pacientes alcancem os seus objetivos de vida e desenvolvam relacionamentos mais íntimos e gratificantes.


👉Como funciona? .
A terapia baseada em mentalização ajuda os pacientes a pensar antes de reagir aos seus próprios sentimentos ou aos sentimentos percebidos dos outros. Com uma capacidade aprimorada de mentalizar, os pacientes não apenas processam seus próprios pensamentos, sentimentos e comportamentos relacionados de maneira diferente, mas também entendem melhor que os pensamentos, sentimentos e comportamentos de outra pessoa podem diferir de sua própria interpretação.

👉A Terapia Baseada na Mentalização (MBT) tem por objectivo:
Desenvolver a consciência dos participantes sobre os estados mentais em si e nos outros, aumentando a sua capacidade de mentalização.
Dentro do contexto do grupo, isso traduz-se na criação de um ambiente no qual os participantes se sintam seguros, de forma a estimular a curiosidade dos adolescentes sobre os seus colegas, sobre motivações subjacentes e factores que inibem as suas capacidades de mentalização, ajudando-os a responderem de forma diferente, aumentando a sua percepção de autoconfiança.
Isso envolve o desenvolvimento de uma consciência de como os processos pré-conscientes (mentalização implícita), que mantêm a força dos padrões relacionais precoces, podem influenciar os nossos pensamentos e comportamento e tornar essas suposições automáticas explícitas. Essa habilidade ajudará o paciente a evitar interpretar mal o significado de outra pessoa e a responder adequadamente a ela.
O grupo visa fomentar uma curiosidade respeitosa e genuína em compreender as conexões entre sentimentos, pensamentos e ações no aqui-e-agora.

👉O que esperar numa sessão de Terapia MBT
A participação de cada membro no grupo é fundamental para o tratamento próprio e dos outros membros. O terapeuta de grupo lidera o grupo e ajuda os membros a desenvolver uma compreensão da mente e da situação pessoal de cada pessoa.
Durante as sessões de terapia baseada em mentalização (MBT), cada um dos participantes concentra-se nas dificuldades da sua vida actual para melhorar a sua compreensão de si mesmo e dos outros. Ao concentrar-se em tentar compreender os seus próprios pensamentos e sentimentos e os de outras pessoas, a MBT pode ajudá-lo a compreender e controlar melhor seus impulsos, emoções e comportamentos. E isso, vai sem dúvida, ajudá-lo a melhorar o seu relacionamento com as outras pessoas.
Durante o grupo, os participantes são expostos a diferentes pontos de vista e têm a oportunidade de aprender com os outros, receber feedback e apoio. Cada indivíduo traz consigo sua história e carácter, o que contribui para qualquer situação de grupo. Entender isso pode reduzir a confusão entre como somos semelhantes e diferentes das outras pessoas.
No entanto, falar e pensar sobre problemas emocionais pode ser difícil. A pessoa pode se sentir ansioso ao falar em grupo. Por esse motivo, algumas pessoas podem sentir-se pior antes de se sentirem melhor. Porém, o terapeuta do grupo vai estar lá, consigo, para o ajudar a gerir essas fortes reações emocionais.
Para algumas pessoas, participar de uma sessão em grupo pode deixá-las com raiva ou piorar os sentimentos de depressão, ou sentir que estão sendo criticadas por outros membros do grupo.
Pode ser doloroso enfrentar o passado e a verdade, mas isso tem seus limites e o terapeuta que lidera o grupo respeita isso. O terapeuta também tem seus limites sobre o que pode entender e ajudar.
Embora um grupo possa parecer um pouco intimidador no início, muitas pessoas descobrem que, depois de superar essa preocupação, elas realmente são beneficiadas ao compartilhar e encontrar-se com outras pessoas.

👉Eficácia
O MBT é recomendado pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (UK) para o tratamento de pessoas com Perturbação de personalidade Borderline, personalidade antissocial, dependências (emocionais ou de substâncias), perturbações alimentares, e depressão.

👉O que é a Mentalização?
Mentalizar, é a capacidade de focar e diferenciar entre seu próprio estado emocional e o dos outros. Entender como o estado mental de alguém influencia o comportamento, é uma função cognitiva normal em todos os humanos e é a base de todas as relações humanas.
No entanto, esta função cognitiva encontra-se limitada em algumas pessoas, que apresentam maior dificuldade em mentalizar sobre si e sobre os outros. Esta dificuldade em mentalizar, é particularmente afetada quando nos encontramos emocionalmente vulneráreis, quando vivenciamos situações de stress, ou quando temos grande desregulação emocional.
As pessoas em geral, e os jovens em particular, com perturbações emocionais e da personalidade apresentam uma variedade de características e comorbilidade associada, no entanto diferem significativamente na forma como pensam, percepcionam, sentem e se relacionam com os outros.
As maiores dificuldades são caracterizadas por oscilações extremas do humor, imprevisibilidade do comportamento, persistentemente instáveis, auto imagem negativa, relações caracterizadas por desconfiança, com grandes dificuldades na regulação emocional que prejudicam a mentalização.
Estas dificuldades levam frequentemente a comportamentos incongruentes e descontrolados (actos autolesivos, violência, e abuso de substâncias) angustiando o próprio e as pessoas que se encontram a volta dela.
A Terapia Baseada na Mentalização (MBT) considera estes comportamentos desadaptativos como o resultado de uma falha de mentalizar o impacto na capacidade da pessoa de regular os afectos e emoções e que tem em parte as transformações neurológicas temporárias que comprometem a capacidade de mentalizar.
Embora também possa haver uma base genética, a incapacidade de mentalizar geralmente decorre de um apego inseguro a um dos pais ou de problemas de abandono no início da vida.
Se a pessoa não compreende os seus próprios sentimentos e os dos outros, pode ter dificuldade em regular as suas próprias emoções e comportamentos problemáticos, bem como, dificuldade em identificar correctamente os pensamentos e os sentimentos dos outros. A não compreensão da intenção por trás do comportamento de outras pessoas pode levar a responder de forma impulsiva e inadequada, podendo comprometer e dificultar os relacionamentos.

👉Se quiser ser contactada (o) para saber mais informações, submeta o questionário abaixo:

terça-feira, fevereiro 07, 2023

As Crianças e as Novas Tecnologias

A exposição das crianças aos ecrãs


Os ecrãs são cada vez mais uma presença assídua nos nossos dias.

Contudo, quando a sua utilização é feita por crianças, esta mesma utilização pode tornar-se nociva para o seu desenvolvimento, principalmente se não for orientada de uma forma positiva e consciente por parte dos pais/cuidadores.

Por vezes, é possível observarmos crianças (e até mesmo bebés) entretidas com um tablet/smartphone, o que permite aos pais poderem respirar um pouco de toda a azáfama do dia. Outras vezes, vemos os membros do agregado familiar encantados com a facilidade com as crianças conseguem aprender a mexer nos ecrãs, parecendo que até já nascem ensinadas. Mas, teremos nós noção dos impactos que esta utilização terá no seu desenvolvimento?

Também nós adultos dispomos de grande parte do nosso tempo livre na utilização de ecrãs, esquecendo-nos que os nossos filhos estão atentos àqueles que são o seu maior exemplo: os pais/cuidadores e, assim sendo, mais importante do que eles fazerem aquilo que lhes pedimos, é eles fazerem o que os pais fazem.

Sendo a primeira infância um período de rápido desenvolvimento, no qual se formam os hábitos e rotinas da criança, os comportamentos e as dinâmicas familiares desenvolvidas no início da vida, irão ter impacto na vida futura.

A OMS defende que as crianças se devem sentar menos e brincar mais, existindo a indicação de que as crianças até aos 2 anos não devem ter qualquer contacto com os ecrãs, e que, entre os 2 e os 5 anos a sua utilização não deve exceder uma hora diária, sempre com a supervisão de um adulto.

Estudos recomendam que as crianças não tenham acesso aos ecrãs antes de irem para escola, uma vez que irá comprometer as suas capacidades de concentração e de aprendizagem; durante as refeições; nos convívios com os pares/família; e, antes de ir dormir.

Torna-se assim importante que consigamos limitar o tempo de utilização dos ecrãs, estabelecendo um horário adequado a cada faixa etária; não devendo recorrer à sua utilização como forma de controlarmos os comportamentos e emoções das crianças.

Conseguimos então mudar os padrões? O apoio psicológico poderá ser um bom aliado nesta adaptação às novas rotinas.

Dra. Daniela Morbey 
Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 15565