"É ATRAVÉS DA VIA EMOCIONAL QUE A CRIANÇA APREENDE O MUNDO EXTERIOR, E SE CONSTRÓI ENQUANTO PESSOA"
João dos Santos

segunda-feira, fevereiro 13, 2023

Psicoterapia de Grupo | Adolescentes e Jovens Adultos- Mentalization Based Group Therapy- Inicio 9 de Março de 2023

 



É pai ou mãe de um adolescente ou jovem adulto? És adolescente ou Jovem adulto? Tens algum destes Problemas?:
⚡️Problemas Emocionais (alterações graves do humor)-
⚡️Dificuldades nas relações interpessoais (elevada conflitualidade ou medo de te relacionares)
⚡️Problemas no controlo da tua impulsividade
⚡️Problemas do comportamento- autolesivos, suicidários, consumos de substâncias, comportamentos de risco
⚡️Problemas alimentares (anorexia e bulimia)
✅Este Grupo Pode Ajudar-te!
✅A Psicoterapia de grupo baseada na Mentalization Based Group Therapy tem eficácia terapêutica comprovada no tratamento destes problemas.
👉Destinatários: Adolescentes e Jovens adultos (15-25 anos aprox.)

👉Funcionamento dos grupos:
Regularidade Semanal.
Máximo de 9 pessoas / grupo
Preço | 25 Euros por sessão
👉Horários:
Grupos de Adolescentes e jovens adultos 5ª feiras 18h50- 20h15
👉Avaliação Inicial
A entrada no grupo requer uma consulta inicial individual de avaliação prévia para entender quais são as dificuldades e considerar o tratamento mais adequado.
👉Se quiser ser contactada (o) para saber mais informações, submeta o questionário abaixo:
👉 Outras informações :
jesuscandeias@gmail.com
Telemóvel ou Whatsapp 00 351 919918225

👉O que é a Terapia baseada em mentalização (MBT)?

A terapia baseada em mentalização (MBT) é um tipo de psicoterapia psicodinâmica, de longo prazo, fundamentada na teoria da vinculação. Assume que uma vinculação desorganizada promove uma falha na capacidade de mentalização.

Mentalizar, é a capacidade de focar e diferenciar entre seu próprio estado emocional e o dos outros. Entender como o estado mental de alguém influencia o comportamento, é uma função cognitiva normal em todos os humanos e que é a base de todas as relações humanas.

No entanto, esta função cognitiva encontra-se limitada em algumas pessoas, que apresentam maior dificuldade em mentalizar sobre si e sobre os outros. Esta dificuldade em mentalizar, é particularmente afetada quando nos encontramos emocionalmente vulneráreis. Quando vivenciamos situações de stress, ou com grande desregulação emocional.

O aprimoramento da mentalização e a melhoria da regulação emocional e comportamental estão no centro do tratamento MBT.

A MBT Permite que os pacientes alcancem os seus objetivos de vida e desenvolvam relacionamentos mais íntimos e gratificantes.


👉Como funciona? .
A terapia baseada em mentalização ajuda os pacientes a pensar antes de reagir aos seus próprios sentimentos ou aos sentimentos percebidos dos outros. Com uma capacidade aprimorada de mentalizar, os pacientes não apenas processam seus próprios pensamentos, sentimentos e comportamentos relacionados de maneira diferente, mas também entendem melhor que os pensamentos, sentimentos e comportamentos de outra pessoa podem diferir de sua própria interpretação.

👉A Terapia Baseada na Mentalização (MBT) tem por objectivo:
Desenvolver a consciência dos participantes sobre os estados mentais em si e nos outros, aumentando a sua capacidade de mentalização.
Dentro do contexto do grupo, isso traduz-se na criação de um ambiente no qual os participantes se sintam seguros, de forma a estimular a curiosidade dos adolescentes sobre os seus colegas, sobre motivações subjacentes e factores que inibem as suas capacidades de mentalização, ajudando-os a responderem de forma diferente, aumentando a sua percepção de autoconfiança.
Isso envolve o desenvolvimento de uma consciência de como os processos pré-conscientes (mentalização implícita), que mantêm a força dos padrões relacionais precoces, podem influenciar os nossos pensamentos e comportamento e tornar essas suposições automáticas explícitas. Essa habilidade ajudará o paciente a evitar interpretar mal o significado de outra pessoa e a responder adequadamente a ela.
O grupo visa fomentar uma curiosidade respeitosa e genuína em compreender as conexões entre sentimentos, pensamentos e ações no aqui-e-agora.

👉O que esperar numa sessão de Terapia MBT
A participação de cada membro no grupo é fundamental para o tratamento próprio e dos outros membros. O terapeuta de grupo lidera o grupo e ajuda os membros a desenvolver uma compreensão da mente e da situação pessoal de cada pessoa.
Durante as sessões de terapia baseada em mentalização (MBT), cada um dos participantes concentra-se nas dificuldades da sua vida actual para melhorar a sua compreensão de si mesmo e dos outros. Ao concentrar-se em tentar compreender os seus próprios pensamentos e sentimentos e os de outras pessoas, a MBT pode ajudá-lo a compreender e controlar melhor seus impulsos, emoções e comportamentos. E isso, vai sem dúvida, ajudá-lo a melhorar o seu relacionamento com as outras pessoas.
Durante o grupo, os participantes são expostos a diferentes pontos de vista e têm a oportunidade de aprender com os outros, receber feedback e apoio. Cada indivíduo traz consigo sua história e carácter, o que contribui para qualquer situação de grupo. Entender isso pode reduzir a confusão entre como somos semelhantes e diferentes das outras pessoas.
No entanto, falar e pensar sobre problemas emocionais pode ser difícil. A pessoa pode se sentir ansioso ao falar em grupo. Por esse motivo, algumas pessoas podem sentir-se pior antes de se sentirem melhor. Porém, o terapeuta do grupo vai estar lá, consigo, para o ajudar a gerir essas fortes reações emocionais.
Para algumas pessoas, participar de uma sessão em grupo pode deixá-las com raiva ou piorar os sentimentos de depressão, ou sentir que estão sendo criticadas por outros membros do grupo.
Pode ser doloroso enfrentar o passado e a verdade, mas isso tem seus limites e o terapeuta que lidera o grupo respeita isso. O terapeuta também tem seus limites sobre o que pode entender e ajudar.
Embora um grupo possa parecer um pouco intimidador no início, muitas pessoas descobrem que, depois de superar essa preocupação, elas realmente são beneficiadas ao compartilhar e encontrar-se com outras pessoas.

👉Eficácia
O MBT é recomendado pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (UK) para o tratamento de pessoas com Perturbação de personalidade Borderline, personalidade antissocial, dependências (emocionais ou de substâncias), perturbações alimentares, e depressão.

👉O que é a Mentalização?
Mentalizar, é a capacidade de focar e diferenciar entre seu próprio estado emocional e o dos outros. Entender como o estado mental de alguém influencia o comportamento, é uma função cognitiva normal em todos os humanos e é a base de todas as relações humanas.
No entanto, esta função cognitiva encontra-se limitada em algumas pessoas, que apresentam maior dificuldade em mentalizar sobre si e sobre os outros. Esta dificuldade em mentalizar, é particularmente afetada quando nos encontramos emocionalmente vulneráreis, quando vivenciamos situações de stress, ou quando temos grande desregulação emocional.
As pessoas em geral, e os jovens em particular, com perturbações emocionais e da personalidade apresentam uma variedade de características e comorbilidade associada, no entanto diferem significativamente na forma como pensam, percepcionam, sentem e se relacionam com os outros.
As maiores dificuldades são caracterizadas por oscilações extremas do humor, imprevisibilidade do comportamento, persistentemente instáveis, auto imagem negativa, relações caracterizadas por desconfiança, com grandes dificuldades na regulação emocional que prejudicam a mentalização.
Estas dificuldades levam frequentemente a comportamentos incongruentes e descontrolados (actos autolesivos, violência, e abuso de substâncias) angustiando o próprio e as pessoas que se encontram a volta dela.
A Terapia Baseada na Mentalização (MBT) considera estes comportamentos desadaptativos como o resultado de uma falha de mentalizar o impacto na capacidade da pessoa de regular os afectos e emoções e que tem em parte as transformações neurológicas temporárias que comprometem a capacidade de mentalizar.
Embora também possa haver uma base genética, a incapacidade de mentalizar geralmente decorre de um apego inseguro a um dos pais ou de problemas de abandono no início da vida.
Se a pessoa não compreende os seus próprios sentimentos e os dos outros, pode ter dificuldade em regular as suas próprias emoções e comportamentos problemáticos, bem como, dificuldade em identificar correctamente os pensamentos e os sentimentos dos outros. A não compreensão da intenção por trás do comportamento de outras pessoas pode levar a responder de forma impulsiva e inadequada, podendo comprometer e dificultar os relacionamentos.

👉Se quiser ser contactada (o) para saber mais informações, submeta o questionário abaixo:

terça-feira, fevereiro 07, 2023

As Crianças e as Novas Tecnologias

A exposição das crianças aos ecrãs


Os ecrãs são cada vez mais uma presença assídua nos nossos dias.

Contudo, quando a sua utilização é feita por crianças, esta mesma utilização pode tornar-se nociva para o seu desenvolvimento, principalmente se não for orientada de uma forma positiva e consciente por parte dos pais/cuidadores.

Por vezes, é possível observarmos crianças (e até mesmo bebés) entretidas com um tablet/smartphone, o que permite aos pais poderem respirar um pouco de toda a azáfama do dia. Outras vezes, vemos os membros do agregado familiar encantados com a facilidade com as crianças conseguem aprender a mexer nos ecrãs, parecendo que até já nascem ensinadas. Mas, teremos nós noção dos impactos que esta utilização terá no seu desenvolvimento?

Também nós adultos dispomos de grande parte do nosso tempo livre na utilização de ecrãs, esquecendo-nos que os nossos filhos estão atentos àqueles que são o seu maior exemplo: os pais/cuidadores e, assim sendo, mais importante do que eles fazerem aquilo que lhes pedimos, é eles fazerem o que os pais fazem.

Sendo a primeira infância um período de rápido desenvolvimento, no qual se formam os hábitos e rotinas da criança, os comportamentos e as dinâmicas familiares desenvolvidas no início da vida, irão ter impacto na vida futura.

A OMS defende que as crianças se devem sentar menos e brincar mais, existindo a indicação de que as crianças até aos 2 anos não devem ter qualquer contacto com os ecrãs, e que, entre os 2 e os 5 anos a sua utilização não deve exceder uma hora diária, sempre com a supervisão de um adulto.

Estudos recomendam que as crianças não tenham acesso aos ecrãs antes de irem para escola, uma vez que irá comprometer as suas capacidades de concentração e de aprendizagem; durante as refeições; nos convívios com os pares/família; e, antes de ir dormir.

Torna-se assim importante que consigamos limitar o tempo de utilização dos ecrãs, estabelecendo um horário adequado a cada faixa etária; não devendo recorrer à sua utilização como forma de controlarmos os comportamentos e emoções das crianças.

Conseguimos então mudar os padrões? O apoio psicológico poderá ser um bom aliado nesta adaptação às novas rotinas.

Dra. Daniela Morbey 
Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 15565

segunda-feira, novembro 14, 2022

Pós-Parto: Quando Pedir Ajuda

Pós-parto: Um pedido de Ajuda 


Pese embora o nascimento de um filho faça parte dos momentos mais importantes das nossas vidas, o cuidado, a atenção e a dedicação que implica cuidar do nosso bebé não é uma tarefa fácil, principalmente quando nos encontramos sozinhas/os no processo. 

Por vezes, parece que todas as nossas reservas se estão a esgotar e nem sequer sabemos como conseguimos “sobreviver” a mais um dia, sendo provável que tal aconteça por nos sentirmos exaustas/os. 


No meio deste processo, podemos vir a ser invadidas/os por um misto de sentimentos que oscilam entre as saudades do nosso eu antes de sermos pais, entrelaçado com a felicidade do nosso eu agora, certamente mais rico. Ocasionalmente, pode também acontecer sermos atropelados por pensamentos e fantasias não aceitáveis moralmente e, por isso, não os partilhamos e, assim, acabamos por os tornar maiores na nossa mente, dificultando a forma como poderemos lidar com eles e desconstruí-los.

Torna-se assim importante que tenhamos alguém que nos ouça, que sinta connosco todas estas questões e que nos ofereça tranquilidade, ajudando-nos a ultrapassar a nossa ansiedade, a conter as nossas frustrações e, a aceitar os nossos sentimentos, mesmo os menos adequados.

Esta ajuda para lidar com os sentimentos difíceis é fundamental, uma vez que, só assim, conseguiremos conter os sentimentos do nosso bebé e funcionarmos como uma âncora na sua vida.

Caso esteja a vivenciar esta situação ou uma situação semelhante em que sinta que precisa de ajuda, não hesite em pedi-la, o acompanhamento psicológico poderá apoiá-la(o) nesta situação.


Dra. Daniela Morbey 
Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 15565

quarta-feira, setembro 28, 2022

Gratidão

Gratidão




Setembro é, habitualmente, um mês de recomeços. O Verão permite tanto a crianças, como a jovens e adultos momentos de descontração e relaxamento, usufruir de maior tempo ao ar livre e na natureza, sair da rotina do dia-a-dia. 

No início deste mês e com a passagem para o Outono as obrigações regressam, tanto com o reinício das aulas como da vida laboral. Este recomeço pode, muitas vezes trazer de volta sensações de mal-estar, ansiedade, tristeza. Não é tarefa fácil, prolongar a sensação de bem-estar vivida durante as férias, para os dias comuns, em que muitas vezes as tarefas se acumulam e deixamos o nosso espaço pessoal ou em família de lado para conseguir fazer “check” em tudo.

No passado dia 21 de setembro foi celebrado o dia mundial da gratidão. Vimos aqui recordar este dia, pois acreditamos que trazer mais momentos de gratidão para o dia-a-dia, pode contribuir para aumentar a sensação de bem-estar. 

A gratidão é a expressão de apreço por algo que se tem ou pelo qual se passou. É o reconhecimento de valor em algo, independentemente do seu custo monetário. Existem algumas áreas do cérebro que estão associadas à gratidão e a sua expressão aumenta o seu uso futuro. Esta prática permite descentralizar o foco de emoções mais desagradáveis ajudando a balancear a visão interna destas mesmas emoções.

Algumas formas de expressar gratidão podem ser:
  • Retirar um momento da sua semana para recordar algo que lhe dá prazer, ou mesmo fazê-lo; 
  • Escrever sobre um ou dois momentos importantes na semana e pelo qual está grato/a; 
  • Imaginar como seria a sua vida se algo positivo não tivesse acontecido;
  • Agradecer a outros à sua volta pela sua contribuição em algo na sua vida, não esquecendo o seu próprio mérito;
  • Estar junto de amigos e familiares que o/a façam sentir acolhido/a;
  • Ajudar uma criança a desenhar uma coisa pela qual se sinta agradecida, nessa semana.

É, igualmente, importante perceber que não se deve fazer um esforço por estar grato em momentos dolorosos ou por tudo o que se tem, e que todas as emoções são válidas e existe espaço para as expressar. 

Os recomeços nem sempre são fáceis, assim como a expressão das nossas emoções face aos mesmos. Saiba que, nestes momentos, não tem de estar sozinho/a e pode pedir ajuda.


Dra. Joana Teixeira
Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 21107

quarta-feira, setembro 21, 2022

Parentalidade no Divórcio

Os pais não se divorciam dos filhos...



Durante um processo de divórcio e, sobretudo, após o mesmo, para além de o casal se separar efetivamente entre si, o que ocorre muitas vezes é que um dos elementos do (ex) casal também se separa da criança.

Bem sabemos que uma separação não é fácil e, frequentemente, os sentimentos de raiva e de mágoa perduram no tempo, dificultando a existência de uma relação harmoniosa entre os pais e focada no superior interesse da criança. 



A criança tem o direito de manter a imagem que tem de cada um dos pais, não sendo por isso justo que algum dos elementos do (ex) casal destrua essa mesma imagem e/ou que contribua ou fomente a não relação entre o pai/mãe e a criança.

É importante que os pais se tratem um ao outro com respeito, não partilhando com a criança as falhas que o outro cometeu e, por conseguinte, não denegrindo a sua imagem, tendo sempre em mente que quem se separou foi o casal entre si e não, o outro elemento da criança.

Poderão olhar para a situação, vendo-a do ponto de vista da criança, que ama e pertence a ambos os pais, não tendo por isso que se sentir dividida e manter lealdade a um dos pais.

Após a separação, os pais devem então manter uma comunicação positiva entre si, cooperarem um com o outro e, transmitir à criança que continuam juntos em prol dela. Se a criança sentir que não se pode apoiar nos pais, tal originará sentimentos de insegurança.

Desta forma poderemos evitar sentimentos de ansiedade, raiva, depressão ou baixa auto-estima.
Lembre-se, o divórcio dos pais não tem de ser uma situação traumática e/ou negativa para a vida da criança. Será, sobretudo, a capacidade de ajustamento dos pais que irá influenciar a forma como a criança irá viver essa nova realidade.


Se estiver a viver uma situação de divórcio ou sentir que precisa de ajuda, estamos aqui para si! É fundamental que os pais estejam emocionalmente disponíveis para esclarecer todas as duvidas que a criança possa ter e muitas vezes, o apoio psicológico, pode ajudar nessa preparação. 

Dra. Daniela Morbey 
Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 15565