A exposição das crianças aos ecrãs
Contudo, quando a sua utilização é feita por crianças, esta mesma utilização pode tornar-se nociva para o seu desenvolvimento, principalmente se não for orientada de uma forma positiva e consciente por parte dos pais/cuidadores.
Por vezes, é possível observarmos crianças (e até mesmo bebés) entretidas com um tablet/smartphone, o que permite aos pais poderem respirar um pouco de toda a azáfama do dia. Outras vezes, vemos os membros do agregado familiar encantados com a facilidade com as crianças conseguem aprender a mexer nos ecrãs, parecendo que até já nascem ensinadas. Mas, teremos nós noção dos impactos que esta utilização terá no seu desenvolvimento?
Também nós adultos dispomos de grande parte do nosso tempo livre na utilização de ecrãs, esquecendo-nos que os nossos filhos estão atentos àqueles que são o seu maior exemplo: os pais/cuidadores e, assim sendo, mais importante do que eles fazerem aquilo que lhes pedimos, é eles fazerem o que os pais fazem.
Sendo a primeira infância um período de rápido desenvolvimento, no qual se formam os hábitos e rotinas da criança, os comportamentos e as dinâmicas familiares desenvolvidas no início da vida, irão ter impacto na vida futura.
A OMS defende que as crianças se devem sentar menos e brincar mais, existindo a indicação de que as crianças até aos 2 anos não devem ter qualquer contacto com os ecrãs, e que, entre os 2 e os 5 anos a sua utilização não deve exceder uma hora diária, sempre com a supervisão de um adulto.
Estudos recomendam que as crianças não tenham acesso aos ecrãs antes de irem para escola, uma vez que irá comprometer as suas capacidades de concentração e de aprendizagem; durante as refeições; nos convívios com os pares/família; e, antes de ir dormir.
Torna-se assim importante que consigamos limitar o tempo de utilização dos ecrãs, estabelecendo um horário adequado a cada faixa etária; não devendo recorrer à sua utilização como forma de controlarmos os comportamentos e emoções das crianças.
Conseguimos então mudar os padrões? O apoio psicológico poderá ser um bom aliado nesta adaptação às novas rotinas.
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