"É ATRAVÉS DA VIA EMOCIONAL QUE A CRIANÇA APREENDE O MUNDO EXTERIOR, E SE CONSTRÓI ENQUANTO PESSOA"
João dos Santos

sexta-feira, maio 15, 2020

Orientação Escolar e Profissional

Orientação Vocacional

Área de Estudos, Cursos, Mudanças de Carreira - 

Um processo de Tomada de Decisão

Escolher um curso, saber qual a profissão que melhor se adapta à vocação pessoal, ou mesmo qual a área de estudos escolher no final do 9º ano, são decisões fundamentais na nossa vida. Grande parte da nossa realização pessoal está na profissão que vamos exercer na vida adulta. Por tudo isto, mas sobretudo por estarem num momento de intensas modificações físicas e psicológicas, é perfeitamente natural que os adolescentes se sintam inseguros e com muitas dúvidas perante um momento de escolha, tão importante como este, pelo que o processo de escolha pode ser marcado por ansiedade e medos em relação ao futuro.

Neste sentido, a Orientação Vocacional propõe-se a auxiliar os jovens a lidar melhor com esses sentimentos, promovendo o autoconhecimento e reflexão sobre a escolha escolar e profissional.
A orientação vocacional deve ser compreendida como um processo que envolve diversas atividades e instrumentos de avaliação específicos, com intenção de compreender os interesses profissionais, aptidões, valores e características de personalidade de cada um, facilitando, desta forma, a tomada de decisão em relação ao futuro.
Fases do processo de avaliação em orientação:
1.     Recolha de informação escolar, pessoal e familiar;
2.     Avaliação de valores e características de personalidade;
3.     Avaliação diagnóstica de aptidões e interesses;
4.     Estabelecimento de objetivos e das próximas decisões.
Desta forma, o jovem irá sentir-se mais seguro na hora de tomar uma decisão, tendo em conta que será uma decisão profundamente refletida, mas sobretudo fundamentada nas suas características pessoais, interesses e aptidões, sempre tendo em conta os seus desejos e objetivos para o seu próprio futuro.

Se o seu filho está indeciso em relação à área de estudos a escolher no final do 9ºano, ou não tem a certeza sobre o percurso a fazer quando terminar o secundário, podemos ajudá-lo neste momento de indecisão, aconselhando-o e direcionando-o no seu percurso pessoal, académico ou profissional.

Apesar de alguns alunos ainda se encontrarem com as aulas presenciais suspensas, o seu futuro não deve ficar em stand-by. A vida continuará e a tomada de decisão continua a ser uma necessidade. Resiliência, adaptação e flexibilidade são as características que melhor predizem o nosso bem-estar e crescimento pós-traumático. 

Por isto mesmo, estamos disponíveis para o ajudar neste processo, através de sessões dinamizadas por videoconferência. Sem sair de casa, sem correr riscos, tudo no conforto e segurança de sua casa.

Se precisar de ajuda, contacte-nos! 
Dr.ª Sara Loios
Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 20837

quinta-feira, março 26, 2020

COVID-19 - Como lidar com a Ansiedade?

Como Dominar a Ansiedade perante um Cenário de Crise?


Perante o cenário de pandemia COVID-19 que vivemos, a necessidade de cumprir medidas de proteção, o facto de estarmos em isolamento social, o desconhecimento que temos sobre o coronavírus e sobre o futuro, é expectável que nos sintamos ansiosos, com medo, preocupados, tensos e sem controlo na situação.


No entanto, estes sentimentos desagradáveis não trazem apenas desconforto, têm uma função importante: proteger-nos. Quando nos sentimos em estado de alerta ou ameaçados ficamos mais vigilantes e mais disponíveis para adotar comportamentos de proteção e adaptar-nos à situação de modo a promover a nossa segurança (e a dos outros).

Como usar a ansiedade a nosso favor?

·      A ansiedade também tem uma parte boa e útil, permitindo-nos adotar comportamentos mais benéficos para nós próprios, tanto em termos sociais como ao nível da saúde, os quais são fundamentais neste momento para nos mantermos, tanto a nós como aos outros, saudáveis e em segurança;

·      Saber reconhecer e dizer a nós próprios que sentir ansiedade não significa ser fraco ou inferior aos outros. Todos sentimos ansiedade em diversos momentos da nossa vida e em momentos de crise, como este, é perfeitamente normal sentirmo-nos ansiosos;

·      Não sinta vergonha ou culpa por sentir ansiedade. Não se autocritique, não se julgue de forma negativa. A ansiedade é um sentimento expectável neste situação. Depende de nós a forma como a queremos gerir;

·      Dizer a si próprio que esta é uma situação temporária. Não vai durar para sempre. Dou-lhe o exemplo do comboio, faz muito barulho quando passa, mas depois segue sempre o seu caminho.

Sabemos, porém, que existem determinadas situações em que mesmo tendo em conta o descrito acima, não é fácil gerir o seu dia-a-dia de forma eficaz, podendo sentir-se assoberbada com toda esta situação. Neste sentido, se os seus sentimentos de inquietação forem excessivos e persistentes, se se sentir completamente sobrecarregado e desgastado pelos sentimentos de ansiedade, se se sentir ansioso durante longos períodos de tempo, se a ansiedade o estiver a impedir de funcionar e fazer a sua rotina diária, se sentir que está a ficar sem controlo PEÇA AJUDA. Para si ou para algum membro da sua família. Contacte-nos. Estamos cá para o ajudar.
Considerando a situação epidemiológica do país e de acordo com as recomendações emitidas pela DGS e restrições impostas aos cidadãos, estamos a realizar a nossa prática profissional utilizando os meios de comunicação à distância. Peça ajuda, no conforto de sua casa. Fale connosco.


Fonte: Ordem dos Psicólogos Portugueses

Dra. Sara Loios
Psicóloga Clínica                                                                                      
Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Nº20837

quarta-feira, fevereiro 19, 2020

Orientação Escolar

Orientação Vocacional


- O meu filho está a terminar o 9º ano. 

Que área de estudos deve escolher? - 



O processo de escolha pode ser marcado por ansiedade e medos em relação ao futuro. Neste sentido, a Orientação Vocacional propõe-se a auxiliar os jovens a lidar melhor com esses sentimentos, promovendo o autoconhecimento e reflexão sobre a escolha da área de estudos a seguir. 
A orientação vocacional deve ser compreendida como um processo que envolve diversas atividades e instrumentos de avaliação específicos, com intenção de compreender os interesses profissionais, aptidões, valores e características de personalidade de cada um, facilitando, desta forma, a tomada de decisão em relação ao futuro.

Se o seu filho está indeciso em relação à área de estudos a escolher ou não tem a certeza sobre o percurso a fazer quando terminar o ensino secundário, podemos ajudá-lo neste momento de indecisão, aconselhando-o e direcionando-o no seu percurso pessoal, académico ou profissional.

Se precisar de ajuda, contacte-nos! 


Dr.ª Sara Loios
Psicóloga Clínica de Crianças, Adolescentes e Famílias
Cédula Profissional nº 20837

sábado, janeiro 11, 2020

Depressão na Adolescência: É preciso combater o estigma em Saúde Mental

A taxa de adolescentes com doenças mentais tem vindo a aumentar muito, em Portugal e no mundo, nos últimos anos. 
 
Devido ao estigma associado às doenças mentais, muitos jovens e adultos, escondem a sua dor, sofrem em silêncio, presos e reféns da sua própria doença.
 
Sofrer em silêncio, de forma permanente e prolongada no tempo pode conduzir, no limite, à desesperança total, e com ela o própria existência ser posta em causa. 

É esta a mensagem que pretendo passar com o video abaixo que desenvolvi como forma breve de abordar o tema, com testemunhos de famosos que vivenciaram algum tipo de doença mental!

Se está em sofrimento, saiba que não é o único! Não é um problema seu! Todos, em alguma  fase da vida, perdemos ou questionamos o sentido da nossa própria vida. 

Se este é o seu caso, procure ajuda, cuide de si!


Maria de Jesus Candeias, Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta

quarta-feira, janeiro 08, 2020

O Impacto do Divórcio nas Dinâmicas da Família

O Divórcio e a Família


- Dinâmicas Relacionais Pós-Divórcio - 


É na relação humana onde os sentimentos mais contraditórios podem surgir. Quantas vezes assistimos, em caso do divórcio, a um casal de costas voltadas? Estão muitas vezes presentes sentimentos como a zanga, a raiva, a frustração e a tristeza. Em que cada um dos membros pretende assumir uma posição de liderança perante o outro, onde se esquecem da noção de igualdade de poder. Como se de crianças pequenas se tratassem e o mais importante naquele momento fosse decidir “quem ganha”. Mas tudo se complica quando existem filhos pelo meio, quando o casal conjugal também assume a função de casal parental.


Sabemos que manter uma relação como pais entre duas pessoas que decidiram acabar a relação enquanto companheiros, pode ser um desafio. Algumas pessoas conseguem fazer o luto do casal e renegociar e reajustar o exercício da parentalidade com o outro membro. Porém, em muitas famílias, o fim da relação de casal não significa necessariamente o fim do conflito e das divergências, arrastando para os filhos as questões que deveriam ter ficado limitadas à relação de intimidade entre os adultos.


É inevitável que o divórcio traga repercussões para todos os envolvidos, em particular para as crianças/adolescentes, onde poderão surgir tanto questões ao nível do ajustamento emocional individual, como também ao nível relacional, onde os padrões de vinculação com a figura parental com quem as crianças ficam menos tempo irão sofrer alterações. 

Menos adaptativo ainda é quando existem triangulações, em que os filhos sentem a necessidade de ser leais a um dos progenitores, afastando o outro. Nesta situação, pais resolvidos apercebem-se da situação e cortam o triângulo existente. Pais magoados aproveitam-se da situação e utilizam os filhos como arma, colocando-os no meio do conflito entre dois adultos, sem se aperceberem do impacto que isso terá nos próprios filhos.


Os Padrões Disfuncionais e a Violência Interparental


De acordo com a minha experiência enquanto psicóloga em contexto institucional com famílias com inúmeros desafios familiares, confirmando-se com a literatura existente, os efeitos da violência interparental não afetam apenas as crianças/jovens, mas também os próprios pais, que vão sentindo reduzidas as suas competências e condições para um bom exercício da parentalidade, mostrando-se incapazes ou diminuídos na resposta às necessidades fundamentais dos seus filhos. Quem não fica exausto no meio do conflito? 

Se for este o seu caso ou de alguém conhecido, não hesite em pedir ajuda. A vida não acaba com a separação e aqui, poderemos ajudá-lo/a a encontrar as suas próprias forças, a traçar um novo caminho onde possa voltar a encontra-se consigo mesmo. Faça da sua situação um exemplo para os seus filhos, um exemplo de resiliência, força e coragem.

É com frequência que assistimos a que a forma de comunicação em situações de elevado conflito se foque em objetivos pessoais dos adultos, desfasados do exercício da parentalidade. É aqui que surge a importância da intervenção, no sentido de minimizar o litígio entre os progenitores, uma vez que a qualidade da interação entre os pais após a dissolução conjugal é um forte preditor da saúde mental das crianças, que vivem neste tipo de estrutura familiar.


De facto, no que diz respeito às crianças, as consequências são diversas e podem emergir de forma diferente consoante as etapas de desenvolvimento onde a criança/jovem se encontre: 

  • Nos bebés pode manifestar-se uma falha ao nível do crescimento físico, atrasos no desenvolvimento motor, cognitivo e psicoafetivo, alterações dos padrões de alimentação e sono; 
  • Em crianças em idade pré-escolar destacam-se os comportamentos agressivos (e.g., com adultos e /ou pares, crueldade com os animais, destruição de objetos), ansiedade, dificuldades de separação; 
  • Em crianças entre os cinco e os doze anos pode começar a evidenciar-se o bullying, sintomatologia ansiosa e/ou depressiva, comportamentos de oposição, baixo rendimento escolar, falta de respeito por pessoas do sexo feminino, desenvolvimento de crenças inadequadas sobre papéis de género, normalização da violência e consolidação de papéis de género estereotipados; 
  • Os adolescentes e jovens adultos podem manifestar padrões de relacionamento violento na intimidade (tanto como agressores ou como vítimas), bullying, baixa autoestima, suicídio, queixas somáticas, crenças e papéis de género estereotipados, fraco rendimento ou mesmo absentismo escolar, consumos de alcóoll e /ou estupefacientes e fugas de casa.

Reforço que, tanto no caso dos pais como no caso dos filhos, não tenham vergonha de pedir ajuda. A existência de um espaço seguro para uma criança ou adolescente a viver uma situação familiar tão impactante como um divórcio, que lhe permita expressar os seus medos e fantasias, podendo contactá-los e trabalhá-los na presença apoiante da terapeuta, fará toda a diferença. 

A experiência de um apoio seguro e aceitante permitirá desenvolver nas crianças/jovens uma forma diferente de relação com outros adultos, criar a possibilidade de maior confiança nos seus pares, bem como em si próprio, permitindo construir uma nova realidade.


Quando o período pós-divórcio não é caracterizado pelo conflito, ou quando os adultos são capazes de colocar de lado as suas divergências enquanto casal e unirem-se enquanto pais, tanto os pais como os filhos se conseguem reorganizar e reajustar às suas novas condições de vida. Quando esta situação não se verifica, saber pedir ajuda, torna-se essencial.

Não hesite em pedir ajuda! Torna-se mais fácil quando o caminho é feito com apoio, respeito e dedicação. Marque a sua consulta.

Dra. Sara Loios
Psicóloga Clínica 
Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Nº20837