"É ATRAVÉS DA VIA EMOCIONAL QUE A CRIANÇA APREENDE O MUNDO EXTERIOR, E SE CONSTRÓI ENQUANTO PESSOA"
João dos Santos
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terça-feira, setembro 07, 2021

Setembro: O Regresso à Rotina


Chegou Setembro... o mês de (Re)Começar!


Setembro é o mês de regressar e recomeçar. Para algumas crianças e jovens o regresso às aulas significa expectativa e rever colegas e amigos, para outros voltar à escola pode envolver sofrimento. 

Depois das férias grandes, um período marcado, sobretudo, pela descontração de crianças, jovens e adultos, pode regressar com maior intensidade o medo, a preocupação, o receio e emoções como a tristeza, a raiva e a zanga. Tudo isto pode aumentar com o aproximar do regresso à escola, em que as regras, obrigações e relações com professores e pares vão retomar. 

Apesar de ser natural um maior desconforto associado ao regresso às aulas, comparativamente ao período de férias, podem existir alguns sinais de que este regresso possa estar associado a sofrimento psicológico.

Deixamos alguns sinais aos quais pais, cuidadores e familiares devem estar atentos:

Mudanças súbitas ou acentuadas de comportamento;
Diminuição do desempenho escolar;
Dificuldades de concentração;
Comportamentos de risco;
Falta de motivação e energia, cansaço frequente;
Isolamento;
Sentimentos como a tristeza e o medo frequentes e prolongados no tempo;
Dificuldades no sono.
 

O regresso às aulas pode ajudar a aumentar todos estes sinais de alerta, que podem significar que o/a seu/sua filho/a precisa de ajuda e pode beneficiar de apoio psicológico. No Crescer estamos disponíveis para o ouvir e ajudar a si e ao/à seu/sua filho/a.


Dr.ª Joana Teixeira
Psicóloga Clínica
Cédula Profissional nº 21107

quinta-feira, março 26, 2020

COVID-19 - Como lidar com a Ansiedade?

Como Dominar a Ansiedade perante um Cenário de Crise?


Perante o cenário de pandemia COVID-19 que vivemos, a necessidade de cumprir medidas de proteção, o facto de estarmos em isolamento social, o desconhecimento que temos sobre o coronavírus e sobre o futuro, é expectável que nos sintamos ansiosos, com medo, preocupados, tensos e sem controlo na situação.


No entanto, estes sentimentos desagradáveis não trazem apenas desconforto, têm uma função importante: proteger-nos. Quando nos sentimos em estado de alerta ou ameaçados ficamos mais vigilantes e mais disponíveis para adotar comportamentos de proteção e adaptar-nos à situação de modo a promover a nossa segurança (e a dos outros).

Como usar a ansiedade a nosso favor?

·      A ansiedade também tem uma parte boa e útil, permitindo-nos adotar comportamentos mais benéficos para nós próprios, tanto em termos sociais como ao nível da saúde, os quais são fundamentais neste momento para nos mantermos, tanto a nós como aos outros, saudáveis e em segurança;

·      Saber reconhecer e dizer a nós próprios que sentir ansiedade não significa ser fraco ou inferior aos outros. Todos sentimos ansiedade em diversos momentos da nossa vida e em momentos de crise, como este, é perfeitamente normal sentirmo-nos ansiosos;

·      Não sinta vergonha ou culpa por sentir ansiedade. Não se autocritique, não se julgue de forma negativa. A ansiedade é um sentimento expectável neste situação. Depende de nós a forma como a queremos gerir;

·      Dizer a si próprio que esta é uma situação temporária. Não vai durar para sempre. Dou-lhe o exemplo do comboio, faz muito barulho quando passa, mas depois segue sempre o seu caminho.

Sabemos, porém, que existem determinadas situações em que mesmo tendo em conta o descrito acima, não é fácil gerir o seu dia-a-dia de forma eficaz, podendo sentir-se assoberbada com toda esta situação. Neste sentido, se os seus sentimentos de inquietação forem excessivos e persistentes, se se sentir completamente sobrecarregado e desgastado pelos sentimentos de ansiedade, se se sentir ansioso durante longos períodos de tempo, se a ansiedade o estiver a impedir de funcionar e fazer a sua rotina diária, se sentir que está a ficar sem controlo PEÇA AJUDA. Para si ou para algum membro da sua família. Contacte-nos. Estamos cá para o ajudar.
Considerando a situação epidemiológica do país e de acordo com as recomendações emitidas pela DGS e restrições impostas aos cidadãos, estamos a realizar a nossa prática profissional utilizando os meios de comunicação à distância. Peça ajuda, no conforto de sua casa. Fale connosco.


Fonte: Ordem dos Psicólogos Portugueses

Dra. Sara Loios
Psicóloga Clínica                                                                                      
Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Nº20837

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Os Desafios Familiares


Os Desafios das Famílias ao Longo da Vida


- Deverá a família moldar-se em função do próprio crescimento e desenvolvimento? - 



Quando pensamos em família, vários são os pensamentos e tipologias que nos podem surgir, uma vez que inclui diversas formas e significados versáteis nos dias de hoje. Umas são constituídas por um casal, outras por pais e filhos, outras apenas por uma mãe/pai e uma criança e outras pela presença dos avós. Qualquer que seja a nossa visão de família, uma coisa é certa, a família deve ser considerada um sistema, ou seja, um conjunto de elementos que se encontram emocionalmente ligados, tendo, por esta razão, um impacto mútuo uns nos outros.

Sendo um sistema onde existem trocas emocionais bastante intensas, pode acontecer, por vezes, que existam dificuldades familiares na resolução dos desafios quotidianos, surgindo conflitos entre os vários membros. Quando esta situação acontece, torna-se importante consultar um profissional para que se evite um agravar da situação. Pode até pensar que com o tempo a situação acabará por acalmar, no entanto, se o problema de base não for corretamente resolvido, mais tarde o problema acaba por surgir novamente. 

Quais são os principais desafios?

Para se compreender o funcionamento de uma determinada família, devemos ter em consideração que vários foram e são os desafios que esta enfrenta ao longo do seu desenvolvimento, consoante as etapas pelas quais vão passando, ao longo do chamado Ciclo de Vida de uma Família.
A definição das diferentes etapas do ciclo vital tem variado consoante os autores, embora exista algum consenso relativamente aos critérios que permitem diferenciá-las. Em termos práticos, podemos considerar 5 principais etapas que se consideram centrais em termos de evolução, nomeadamente:
1.     1ª Etapa – Formação do Casal: em que se considera que há o “nascimento” de um novo sistema, a família nuclear. O foco é, então, o subsistema conjugal que tem como principal tarefa a articulação dos vários modelos e padrões específicos de comportamento que trazem da sua própria família de origem;
2.     2ª Etapa – Família com filhos pequenos: corresponde à fase em que nascem o(s) filho(s) e, portanto, corresponde à formação do subsistema parental. Necessariamente, esta formação envolve uma reorganização estrutural da família, de forma a ser possível uma articulação do subsistema conjugal e parental;
3.     3ª Etapa – Família com filhos na escola: é caracterizada pelo foco, não só na família, mas também no contexto escolar. A reorganização do sistema familiar deverá ir no sentido do movimento de abertura para o exterior.
4.     4ª Etapa – Família com filhos adolescentes: envolve um papel mais ativo da família no sentido da autonomização do adolescente. Várias são as tarefas de desenvolvimento nesta fase, de forma a contribuir para o funcionamento saudável do adolescente.
5.     5ª Etapa – Família com filhos adultos: que envolve, entre outras coisas, uma reorientação, por parte do casal, para a conjugalidade. Entre outras designações, podemos falar em “ninho vazio”. Os filhos saem de casa, abrindo espaço para que o casal invista na sua relação e em novos projetos.

Será, essencialmente, a forma como cada família resolve e enfrenta estes mesmos desafios que irá permitir o seu crescimento e adaptação. De facto, segundo vários autores, são três os aspetos do funcionamento familiar que são considerados fundamentais no dia-a-dia das famílias: os Recursos e Capacidade de Adaptação da Família, a Comunicação Familiar e a Sobrecarga de Dificuldades a que a família se encontra sujeita. É a conjugação destes três elementos que irá definir a funcionalidade da família.

Se tem dificuldades em chegar a acordo com a/o sua/seu companheira/o, acerca da melhor forma de educar o seu filho, estabelecer regras e limites, saiba que as consultas de Aconselhamento Parental, podem ajudar na desafiante tarefa de educar uma criança.

É na família que as crianças aprendem a interagir, podendo-se considerar um espaço onde começam por viver relações afetivas profundas, constituindo-se deste modo uma importante base da vida social. Intervir precocemente evita que os conflitos se enraízem e ganhem dimensões mais profundas na vida familiar. 
Se sente que existe algum comportamento num dos elementos da família que está a afetar todo o sistema familiar e que a comunicação entre todos não está a ser feita da forma como gostaria, a Terapia Familiar, poderá ser um valioso recurso para ultrapassar os desafios que surgem ao longo do ciclo de vida familiar.

Se precisar de ajuda, contacte-nos!

Dr.ª Sara Loios

Psicóloga Clínica de Crianças, Adolescentes e Famílias
Cédula Profissional nº 20837